SAPOTACEAE

Pouteria torta (Mart.) Radlk.

Como citar:

Miguel d'Avila de Moraes; Eduardo Fernandez. 2011. Pouteria torta (SAPOTACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

7.816.570,432 Km2

AOO:

760,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Distribui-se da América Central até a América do Sul no Paraguai. No Brasil tem ampla distribuição ocorrendo nos estados do Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Pernambuco, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná (Carneiro; almeida, 2010). Tem distribuição desde Veracruz, México, América Central e América do Sul até o Paraguai (Pennington, 1990).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2011
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Eduardo Fernandez
Categoria: LC
Justificativa:

Espécie de ampla distribuição ( EOO=6.563.578,916km² ) e abundante.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Pouteria torta está intimamente relacionada a P. guianensis e suas flores e frutas são muito semelhantes. Diferem-se, entretanto, nos detalhes da casca e morfologia da folha (Penninton, 2006). Possui três subespécies Pouteria torta subsp. glabra T.D.Penn., Pouteria torta (Mart.) Radlk. subsp. torta, Pouteria torta subsp. tuberculata (Sleumer) T.D.Penn. (Penninton, 1990).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Possui uma população de no mínimo 1000 indivíduos.

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica (Carneiro & Almeida, 2010)
Fitofisionomia: Ocorre em cerrado sentido restrito, campos e cerradão (Silva-Junior, 2005). Encontrada em floresta de galeria e floresta montana na Chapada Diamantina, BA (Funch et al., 2002). Pode ser encontrada também em florestas semidecídua e pluvial (Lorenzi, 1998). No Triângulo Mineiro habita florestas estacionais (Lopes et al. 2011).
Detalhes: Árvore de 8-14 m de altura e 30-40 cm de diam., latescente com tronco canelado (Lorenzi, 1998). Flores de cor creme e frutos carnosos, globosos, pilosos e enrugados de cor alaranjada quando maduros (Silva-Junior, 2005). Potencial para paisagismo e recuperação de áreas degradadas. Frutos comestíveis apreciados pela fauna e pelo homem (Silva-Junior, 2005).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4 Infrastructure development local medium
Encontrada no Parque Canjerana (faz parte da Área de Proteção Ambiental do Lago Paranoá), Lago Sul, Brasília, DF (Diestzch et al., 2006). Segundo os autores o parque vem sofrendo perturbação antrópica em decorrências de pressões do entorno, destacando-se erosões, presença de lixo, ocorrência de fogo, (dentre outros). Situação semelhante vem ocorrendo em área de cerrado sensu stricto do Centro Olímpico da Universidade de Brasília (UnB) na APA do Paranoá, Brasília, DF. Os autores sugerem a implantação de uma unidade de conservação de uso indireto nesta área, por possuir alta riqueza de espécies e por atualmente o local encontrar-se em estado de abandono e sofrendo várias ações de degradação, tais como despejos ilegais de lixo e entulho e constantes incêndios (Assumpção; Felfili, 2004). A madeira é apropriada para a construção civil, marcenaria e obras internas de carpintaria (Lorenzi, 1998).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
4.4 Protected areas on going
​Ocorre no Parque Ipanema, Ipatinga, MG (Fulscaldi; Loures-Ribeiro, 2008); Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, GO (Lopes et al., 2011); RPPN Buraco das Araras, Jardim, MS (Baptista-Maria; Maria, 2007), Parque Nacional das Emas (DIREC/IBAMA, 2004); Parque Nacional do Jalapão, TO (Gov. do Estado de Tocantins, 2004); Floresta Nacional do Tapajós, Belterra, PA (Guimarães; Pyle, 1999); Reserva do Guapuruvú, Arcelor Mittal, Itamarandiba, MG (Bruzinga et al., 2010); Parque Nacional da Serra do Cipó, MG (Meira; Saporetti, 2002)
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Rara (RR). Lista de espécies ameaçadas do Paraná (SEMA/GTZ, 1995).
Ação Situação
1.1.1 Development on going
P. torta faz parte da lista para a implantação das medidas de recuperação da Secretaria do meio Ambiente do estado de São Paulo (Res. SMA N° 21, de 21 de novembro de 2001) e tem feito parte de programas de reflorestamento como o da Mata Ciliar na Microbacia do Santo Antonio, Jaú, SP (Souza et al., 2009). É utilizada em projetos de reflorestamento em outros estados da federação como o Projeto Modelo de Reflorestamento da SANEAGO, com o objetivo de reflorestar todas as áreas das captações de água dos mananciais de abastecimento público no estado de Goiás (Costa, 2006). Entre 2010 e 2011 foram plantadas 390 mudas da espécie (equivalente a 3,88 ind./ha) no Projeto de Carbono no Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari (Oréades, 2011).